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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dez dicas para escrever bem.

Um bom artigo deve conter uma (boa) idéia, mas não muitas boas idéias. É importante, portanto, que você tenha claro qual é sua melhor idéia. Caso você não tenha apenas uma (boa) idéia, mas sim várias, e queira escrever um artigo, é recomendável optar por uma das alternativas a seguir: (i) hierarquizá-las, para deixar claro qual delas será tratada; (ii) planejar a escrita de vários artigos, cada um sobre uma das suas idéias (nesse caso, é recomendável que você não os escreva simultaneamente, pois isso significa escolher alguma como prioritária, ou seja, significa voltar ao item precedente); (iii) fundir as várias idéias em uma só, que seja consistente, sem ser excessivamente genérica. Com clareza quanto à sua boa idéia e com os resultados finais ou parciais de sua pesquisa à mão, eis dez pontos importantes para compor um bom artigo. 1. Faça um roteiro antes Antes de escrever, elabore um roteiro: tenha uma ideia clara do que você quer demonstrar, confirmar/desmentir, ilustrar, exemplificar, testar, comparar, recomendar etc. O começo, o meio e o fim do artigo devem estar claros para você antes de ele começar a ser escrito. Lembre-se: qualquer autor passa muito mais tempo revendo/reescrevendo (quase sempre mais de uma vez) os diferentes trechos de um texto, do que os escrevendo. Por isso, o roteiro ajuda a compor a primeira versão que, em seguida, será objeto de várias revisões. Não é por acaso que vigora a máxima de que o ofício de pesquisador requer 10% de inspiração e 90% de transpiração. 2. Use a fórmula SVP Valorize a fórmula consagrada de escrita chamada SVP – “sujeito, verbo e predicado”. Escreva “O conselho discutiu a regra”. Não escreva “A regra foi discutida pelo conselho” ou “Foi discutida pelo conselho a regra”. Usar esta fórmula simples de escrita ajuda a tornar o texto claro e preciso, encurta as suas sentenças e diminui a possibilidade de cometer erros de concordância, entre outros. 3. Não especule Evite generalidades, mas abuse dos dados. Generalidades são boas para conversa de mesa de bar. Cada afirmação do seu artigo deve ser capaz de ser respaldada por dados, achados e interpretações encontrados em artigos e textos de outros autores ou na sua própria pesquisa. Não importa tanto o que – ou quem – você usa para respaldar as suas afirmações, nem que você respalde explicitamente cada afirmação, mas elas têm que ter respaldo. 4. Cuidado com os “achismos” “Eu acho”, “eu prefiro”, “o melhor é”, “deve ser”, “tem que ser”, “todo mundo sabe que”, “sempre foi assim”, “a tendência natural é” – nada disso dá respaldo a argumentos usados em textos científicos. Essas expressões indicam manifestações de normatividade, de opção pessoal ou de preferência. Evitar. 5. Trabalhe suas premissas Seja lógico: após o A, vem o B, e não o C ou o D. Releia as suas afirmações e conclusões: veja se elas têm mesmo respaldo empírico e se decorrem logicamente da sua argumentação. É muito comum o uso de expressões como “dessa maneira”, “portanto”, “segue-se que”, “assim”, “conclui-se que” etc., sem que de fato haja relação lógica entre as conclusões e as frases que a precedem. Exemplo: A: “O céu amanheceu sem nuvens.” B: “Sem nuvens não há chuva.” C: “Portanto, não choverá nas próximas semanas.” A está certo; B está certo; C pode até estar certo, mas não decorre de A nem de B. C é uma afirmação ou conclusão que não decorre rigorosamente das afirmações anteriores. Rigorosamente, C é uma suposição, mais do que uma conclusão. 6. Evite sentenças longas Mantenha as suas sentenças curtas. Para isso, a solução é simples: abuse dos pontos finais, pois eles são gratuitos, não estão ameaçados de extinção e organizam o seu texto. Sentenças longas exigem o uso excessivo de recursos como vírgulas, dois pontos, pontos e virgulas, travessões, parênteses etc. Eles são também gratuitos e abundantes, mas quando usados a granel não facilitam a leitura do seu texto. Sentenças longas devem ficar para os que têm um bom domínio da língua, como os detentores do prêmio Nobel (José Saramago) ou mestres da literatura (Machado de Assis). Mas, cuidado com Guimarães Rosa: o uso recorrente de neologismos funciona muito melhor na literatura do que em textos científicos. 7. Leia muito Reserve tempo para sempre ler literatura (romances, contos, novelas, narrativas, poesias etc.), mesmo quando estiver redigindo a sua tese ou dissertação. Ler bons textos é fundamental para aprender a escrever. Procure textos que se relacionem com as suas deficiências de escrita. Por exemplo, os prolixos devem ler João Cabral de Melo Neto, e os muito secos podem escolher Vinicius de Moraes. 8. Não seja preguiçoso Não use apud quando puder se referir diretamente a um autor/texto, pois este é um recurso excepcional. Leia e cite sempre o autor e o texto originais, a não ser que seja um texto antiquíssimo que existe apenas na Biblioteca Nacional de Paris ou que esteja escrito apenas em chinês arcaico ou em aramaico. 9. Utilize citações com boa credibilidade Busque sempre usar como fontes os autores mais reconhecidos, as maiores autoridades no assunto. Não é porque você teve um bom professor que escreveu um artigo ou deu uma boa aula a respeito de um assunto que ele é a referência mundial nesse assunto. Da mesma forma, não se limite a ler e a citar os autores e textos usados pelos seus professores prediletos. Aprenda a usar ferramentas que lhe permitam identificar os autores mais importantes em cada área de saber, inclusive aqueles com quem você não necessariamente concorda. No entanto, os autores não devem ser usados ou citados apenas porque são reconhecidos, mas sim porque são bons e pertinentes à construção de seu texto. 10. Não deixe de publicar Regra de ouro para publicar artigos: “quem não pesquisa, não escreve; quem não escreve, não submete; quem não submete, não é aceito; quem não é aceito, nunca será publicado; quem não é publicado permanece anônimo, e de nada vale um cientista ou intelectual anônimo.” ____________________________________________________ Texto escrito por Marcel Bursztyn, José Augusto Drummond e Elimar Pinheiro Do Nascimento

sexta-feira, 4 de abril de 2014

História de William Douglas ( O maior Concurseiro Do Brasil

Uma vida construída sobre derrotas: histórias do guru Quinta-feira, 14 de julho de 2011 Sempre me perguntam como conquistei tanto e tive tanto sucesso em minha vida e em minhas escolhas, e sempre respondo que não foi sem esforço; afinal, essa trajetória foi construída sobre derrotas. Sempre admirei oradores, tribunos, palestrantes, mas meu discurso ainda era muito insipiente. Achava os esportes algo muito legal, mas era ruim em quase todos, ao menos todos os que havia experimentado. Era daqueles jogadores de futebol que “se marcam sozinhos”. Também não tinha sucesso quando se tratava de conquistas amorosas. Sempre tive espírito empreendedor, porém minhas incursões no empreendedorismo não foram lá muito bem-sucedidas, fruto, provavelmente, da inexperiência. Olhando para trás, das 14 empresas que montei, 12 deram errado. Nos concursos não foi diferente, amarguei várias derrotas seguidas, como todos já sabem. Colecionei seis reprovações. Para melhorar com as garotas, comprei um livro sobre conquista amorosa. Para passar no vestibular, comecei estudando 10 minutos por dia, e fui me obrigando a estudar mais até passar o dia todo estudando, das 8h às 22h, com intervalos de 10 minutos a cada hora de estudo. Quanto às empresas, fui montando uma atrás da outra, sem nunca desistir. Concursos também, um atrás do outro, sempre procurando ver por que eu era rejeitado ou reprovado e, em seguida, tentandonovamente, sem cometer o mesmo erro. Eu poderia até falhar de novo, mas que fosse por um motivo diferente. Ao longo dessa jornada, descobri as lições de William E. Deming, que fala sobre o CicloPDCA (Plan–Do–Check–Action), ou seja, o ciclo no qual você PLANEJA, AGE, CHECA OS RESULTADOS e providencia uma AÇÃO CORRETIVA na próxima tentativa, se a primeira tiver falhado. Isso realmente funciona! Eu não sabia ainda o nome do processo, mas, intuitivamente, sempre o apliquei: ter um plano, tentar, errar, ver onde houve erro e tentar de novo, de um modo melhor. A Programação Neurolinguística (PNL) ensina que temos de saber o que queremos, atentar ao que está acontecendo (aos resultados que estamos obtendo) e termos flexibilidade para mudar até acertar. É a mesma lição do Ciclo PDCA, apenas posta em outras palavras e, por fim, descobri uma das lições do megainvestidor Warren Buffett: “Eu não tenho nenhum problema em fazer negócios com alguém que já foi à falência. Mas jamais farei negócios com alguém que foi à falência duas vezes pelo mesmo motivo”. E essa foi a lição que tirei de todas as derrotas que tive: você nunca será um perdedor ou fracassado, qualquer que seja o número de reveses e insucessos que tenha tido ao longo da jornada, desde que mantenha seu sonho, sua atitude e sua disposição de aprender com o erro e tentar de novo. Foi assim que cheguei lá. Derrota e fracasso são situações, não pessoas. É preciso traçar estratégias para vencer os obstáculos, fazer planos e traçar rotas para chegar aonde se quer. Posso dizer que segui esse roteiro e hoje estou aqui para convidá-lo a sonhar, errar, consertar os erros e seguir em frente. Não se fie nas pessoas que criticam seus fracassos ou que dizem que você nunca irá conseguir. São pessoas negativas e, mesmo que tenham boas intenções, mesmo que estejam falando isso pensando em sua frustração caso não seja vitorioso, você não pode ter essa influência antes de tentar. Você precisa se cercar de pessoas que sonhem junto e alto, ou que, pelo menos, não atrapalhem sua caminhada. A lição que as derrotas me trouxeram foi muito boa. Aprendi que elas podem se transformar em vitórias se você for ajustando sua estrutura. Como diz um amigo, um “não” é um “sim” à espera de ser conquistado. Tentando de novo, mas dessa nova vez de um jeito melhor. William Douglas é juiz federal/RJ,professor e escritor - www.williamdouglas.com.br

quinta-feira, 27 de março de 2014

Afetividade entre Pais e Filhos

A afetividade entre pais e filhos é coisa que cresce ao longo do tempo, através do envolvimento que ambos vão tendo no cotidiano de suas vidas. Com a vida moderna, a correria do nosso cotidiano, como o excesso de trabalho, faz com que as relações entre pais e filhos se estreitem cada vez mais. Mas isso não é problema quando há qualidade nos momentos em que estão juntos. Algumas atitudes podem auxiliar na formação de um bom vínculo afetivo, nos mais simples e diversos fatos do dia-a-dia. Todos os dias, ao chegar do trabalho, os pais devem buscar os filhos, tentando mostrar para eles que mesmo não estando presente o tempo todo, se preocupam com as coisas de suas vidas. É importante que conversem, trocando informações de como foi o dia de cada um, o que sentiram ao ficarem afastados, como transcorreram as coisas, etc. Ouvir é uma atitude importante para quem quer demonstrar atenção, bem como conversar olhando nos olhos dos outros. É comum acharmos que conhecemos tudo dos filhos, das suas vidas, mas interrompê-los numa conversa é uma atitude que os deixa chateados. Por isso, nos dedicarmos a esses momentos é uma forma de comprovar atenção e carinho. É importante acompanhar as tarefas escolares Demonstrar interesse por suas atividades escolares também é uma forma de aproximação. Os pais devem manter esse tipo de diálogo todos os dias para que os filhos sintam-se amparados, seguros de que alguém se preocupa com eles. Com as modernidades do mundo high tech fica fácil participar da vida dos filhos, mesmo estando longe por alguns períodos. Uma ligação de surpresa, para saber se está tudo bem, os deixará muito feliz. Mensagens de celular também é uma maneira de manifestar preocupação e cuidado, porém, os excessos podem fazer com que os filhos sintam-se vigiados. Valorizar as qualidades dos mesmos também ajuda muito nas relações afetivas. A criança ou jovem que recebe elogios tem sua auto-estima elevada, sentem-se mais capacitados e seguros para realizar suas atividades. Família reunida no preparo da refeição Compartilhar as atividades domésticas também é uma boa forma de manter os laços entre pais e filhos. Os pais poderão pedir que estes ajudem ou que fiquem por perto para irem conversando enquanto trabalham. Momentos na cozinha reforçam as relações entre todos os familiares. À mesa, poderão compartilhar ótimos momentos de prazer, com conversas muito agradáveis e produtivas. O importante é que os pais consigam demonstrar o quanto amam os filhos, mesmo não estando perto deles por todo tempo e, nos finais de semana, aproveitar para compensar essa ausência (,) programando diversões em que possam ficar juntos. Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escola

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