Este Espaço é mais uma ferramenta de apoio ao nosso trabalho em prol do Reino de CRISTO aqui nesta terra dos viventes.
JESUS CRISTO ONTEM HOJE E ETERNAMENTE
QUE ALEGRIA SUA VISITA!
SEJA MUITO BEM VINDO AO NOSSO BLOG !
A PALAVRA DE DEUS DIZ QUE IDE E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA.
sábado, 3 de dezembro de 2011
REFLEXÃO: 20 ANOS CEGO!
Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito.
Eram felizes. Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa
quando começa a pegar fogo na cozinha
e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua
procura, quando a vê coberta pelas chamas e
imediatamente tenta ajudá-la.
O fogo também atinge seus braços e,
mesmo em chamas,
consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros
já não havia muito da casa,
apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo,
onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo
aquele senhor menos atingido pelo fogo
saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada,
pensava em não viver mais,
pois estava toda deformada,
queimara todo o seu rosto.
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
-Tudo bem com você meu amor?
-Sim, respondeu ele,
pena que o fogo atingiu os meus olhos
e não posso mais enxergar,
mas fique tranqüila amor
que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom,
vendo tudo o que aconteceu a meu marido,
tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim.
As chamas queimaram todo o meu rosto
e estou parecendo um monstro.
E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim,
como um monstro
Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente,
voltaram para uma nova casa,
onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo,
e o esposo agradecido por tanto amor,
afeto e carinho,
todos os dias dizia-lhe:
-COMO EU TE AMO.
Você é linda demais.
Saiba que você é e será sempre,
a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro,
quando todos se despediam da bondosa senhora,
veio aquele marido com os olhos em lágrimas,
sem seus óculos escuros
e com sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão,
beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena
um amigo que esta ao seu lado
perguntou se o que tinha acontecido era milagre.
Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo,
apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
-Nunca estive cego,
apenas fingia,
pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada,
sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.
Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.
E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
CONCLUSÃO
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil ...
E, para sermos felizes,
temos de fechar os olhos para muitas coisas,
mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
SOU PROFESSOR
Nasci no momento exato em que uma pergunta saltou da
boca de uma criança.
Fui muitas pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas a
descobrir novas idéias através de perguntas.
Sou Anne Sullivan, extraindo os segredos do universo
da mão estendida de Helen Keller.
Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a
verdade através de inúmeras histórias.
Sou Marva Collins, lutando pelo direito de
toda a criança à Educação.
Sou Mary McCloud Bethune, construindo uma
grande universidade para meu povo, utilizando
caixotes de laranja como escrivaninhas.
Sou Bel Kauffman, lutando para colocar em
prática o Up Down Staircase.
Os nomes daqueles que praticaram minha profissão
soam como um corredor da fama para a humanidade...
Booker T. Washington, Buda, Confúcio,
Ralph Waldo Emerson, Leo Buscaglia, Moisés e Jesus.
Sou também aqueles cujos nomes foram há muito
esquecidos, mas cujas lições e o caráter serão sempre
lembrados nas realizações de seus alunos.
Tenho chorado de alegria nos casamentos de ex-alunos,
gargalhado de júbilo no nascimento de seus filhos e
permanecido com a cabeça baixa de pesar e confusão ao
lado de suas sepulturas cavadas cedo demais,
para corpos jovens demais.
Ao longo de cada dia tenho sido solicitado como ator,
amigo, enfermeiro e médico, treinador, descobridor
de artigos perdidos, como o que empresta dinheiro,
como motorista de táxi, psicólogo, pai substituto,
vendedor, político e mantenedor da fé.
A despeito de mapas, gráficos, fórmulas, verbos,
histórias e livros, não tenho tido, na verdade,
nada o que ensinar, pois meus alunos têm apenas a si
próprios para aprender, e eu sei que é preciso o mundo
inteiro para dizer a alguém quem ele é.
Sou um paradoxo.
É quando falo alto que escuto mais.
Minhas maiores dádivas estão no que desejo receber
agradecido de meus alunos.
Riqueza material não é um dos meus objetivos,
mas sou um caçador de tesouros em tempo integral,
em minha busca de novas oportunidades para que
meus alunos usem seus talentos e em minha procura
constante desses talentos que, às vezes,
permanecem encobertos pela autoderrota.
Sou o mais afortunado entre todos os que labutam.
A um médico é permitido conduzir a vida num
mágico momento.
A mim, é permitido ver que a vida renasce a cada
dia com novas perguntas, idéias e amizades.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado,
sua estrutura poderá permanecer por séculos.
Um professor sabe que, se construir com amor e verdade,
o que construir durará para sempre.
Sou um guerreiro, batalhando diariamente contra a
pressão dos colegas, o negativismo, o medo, o conformismo,
o preconceito, a ignorância e a apatia.
Mas tenho grandes aliados: Inteligência, Curiosidade,
Apoio paterno, Individualidade, Criatividade, Fé, Amor
e Riso, todos correm a tomar meu partido com apoio indômito.(...)
E assim, tenho um passado rico em memórias.
Tenho um presente de desafios, aventuras e divertimento,
porque a mim é permitido passar meus dias com o futuro.
Sou professor... e agradeço a Deus por isso todos os dias.
John W. Schlatter
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
DINÂMICA PARA O PROFESSOR
DINÂMICA DE GRUPO
1- Quando pensei em ser professor, o que aconteceu?
2- Ao encontrar alunos com dificuldades, o que disse?
3- Quando um aluno me magoou, o que pensei?
4- Mas quando começo minha aula, qual a sensação?
5- Quando os alunos estão desanimados, pelos problemas do dia-a-dia, o que digo?
6- Como reajo às inovações?
7- Ser professor é?
8- E quando quero descobrir se estou no caminho certo...
Respostas: (cantada pelos professores)
1- Os sonhos mais lindos sonhei! De quimeras mil, um castelo ergui.
2- Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima.
3- Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro. É natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim.
4- Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo. Olhando pra você e as mesmas emoções sentindo.
5- Canta, canta minha gente deixa a tristeza pra lá. Canta forte canta alto que a vida vai melhorar.
6- Tudo que se vê não é, igual ao que a gente viu a um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo, agora, há tanta vida lá fora. Aqui dentro sempre como uma onda no mar...
7- Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor s será. Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita.
8- Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando, olho pra terra e vejo uma multidão que vai caminhando. Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai. Quem poderá dizer o caminho certo é você MEU PAI. Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui.
O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO
Se é jovem, não tem experiência
Se é velho, está superado
Se não tem carro, é um coitado
Se tem carro, chora de "barriga cheia"
Se fala em voz alta, grita
Se fala em tom normal, ninguém o ouve
Se não falta às aulas, é um tontinho
Se falta, é um "turista"
Se conversa com outros professores,
está a falar mal dos alunos
Se não conversa, é um desligado
Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos
Se não dá a matéria, não prepara os alunos
Se brinca com a turma, arma-se em engraçado
Se não brinca, é um chato
Se chama à atenção é um autoritário
Se não chama, não sabe se impor
Se o teste de avaliação é longo, não dá tempo
Se o teste de avaliação é curto, tira as chances dos alunos
Se escreve muito, não explica
Se explica muito, o caderno não tem nada
Se fala correctamente, ninguém entende
Se fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário
Se o aluno é reprovado, foi perseguição
Se o aluno é aprovado, o professor facilitou.
É verdade, o professor está sempre errado!
Mas se você conseguiu ler até aqui, agradeça-lhe.
A TODOS OS PROFESSORES NOSSOS PARABÉNS PELA PERSEVERANÇA E PELO AMOR PELA PROFISSÃO.
PROCUREM SEMPRE SE ESPEL.HAR NO MAIOR MESTRE DE TODOS OS TEMPOS: JESUS CRISTO
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
PRÁTICA REFLEXIVA E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
As atuais teorias lingüísticas e as propostas de ensino de Língua Portuguesa nas séries inicias apontam para o texto como objeto central de ensino. Nesse sentido, a prática de análise lingüística do texto se torna essencial para que o docente leve a efeito o texto como eixo de articulação e progressão curricular.
Nessa concepção, as atividades de leitura, produção de textos, análise lingüística e refacção textual passam a ser integradas, proporcionando aos alunos, orientações mais claras quanto à compreensão e produção de textos; e aos professores, o estabelecimento de critérios para a organização de sua prática pedagógica e a possibilidade de transposição didática. Entretanto, essa prática requer do professor o desenvolvimento de capacidades de percepção lingüística que promovam ação autônoma, crítica e ética.
Conforme Marcuschi (2004), a formação intelectual do aluno de Letras e demais cursos na área de Humanas deve estar voltada à formação para a competência e não para a simples competição no mercado. Assim, adotando-se o conceito de competência aplicada como capacidade de viver profissionalmente o que se sabe teoricamente é que os estudos atuais vêem o texto como o foco de todo o aprendizado. Ele é o centro de tudo...
Os estudos lingüísticos desenvolvidos atualmente operam com conhecimentos de outras ciências para dar conta de estudar criticamente a linguagem, formulando modelos teóricos no âmbito dos procedimentos de interpretação e produção lingüística. Silva (2007) destaca como questões recentes da Lingüística: a noção de conscientização lingüística, o “modo” de aprendizagem de línguas, a aprendizagem via interações dialógicas, os padrões de interação professor-aluno, a aprendizagem centrada no contexto e o professor como
pesquisador. O mestre deixa de ser o que sabe, mas o que aprende sempre.
Também Rojo (2008) apresenta uma metodologia transdisciplinar para fazer a análise enunciativa da aula dialogada, interativa como gênero escolar, propondo a relação entre o sistema de atividades que a constitui e o sistema de gêneros textuais (orais e escritos) que se alinham para promover uma dada intenção enunciativa. Assim, ao estudar a enunciação de uma aula dialogada, a pesquisadora descreve as vozes em conflito do autor de um texto lido por um aluno e da professora, que, numa atitude bastante comum na prática docente, interrompe-o para comentar o texto; entretanto, fica evidente que ela desvirtuou o sentido do texto.
Atualmente as aulas de Língua Portuguesa deixam de ser meramente aulas de gramática e passam a ser aulas de várias linguagens e de diversos gêneros textuais, entre eles os mais usados na mídia: os gêneros textuais vieram para ficar. São usados em todos os lugares de comunicação e em todas as situações comunicativas. Faz-se necessário ao professor atualizar-se, a fim de que não fique a mercê da aprendizagem meramente bancária que não tem mais respaldo diante de tantas mudanças tecnológicas. O mundo mudou e a escola também necessita mudar e acompanhar o que está em sua volta.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
DIFICULDADES DA LÍNGUA
» Cessão / sessão / secção / seção
Cessão: significa “ceder, conceder, oferecer, dar”.
- Cedi todos os meus bens aos pobres.
- O governo cedeu verba para a educação.
Sessão: significa “intervalo de duração”.
- A câmara dos deputados reuniu-se em sessão extraordinária.
- última sessão de cinema.
Secção ou seção: significa “parte, segmento, subdivisão”.
- Quero ler a seção de fofoca.
- Trabalho na seção de informações.
- Vou ligar na secção de informações.
» Mas / mais
Mas: equivale a “porém, entretanto, contudo”.
- Queria muito ir, mas tenho que trabalhar.
- Sei de tudo, mas não posso falar.
Mais: é o oposto de menos.
- Eu pesquisei mais.
- Estou mais preparado agora do que antes.
A gente: forma coloquial de falar o pronome Nós.
- A gente saiu cedo da festa ontem.
-Eu não sei se a gente vai poder ir trabalhar hoje.
Agente : policial civil
-O agente rendeu dois bandidos esta tarde.
- A greve dos agentes está tumultuando a sociedade.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Funções da Linguagem
O lingüista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
1. Função Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é passar uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou persuasivas. (livros, jornais, revistas etc.)
2. Função expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos. (textos subjetivos)
3. Função conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo. (propagandas de uma forma geral)
4. Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção. ( conversa no telefone)
5. Função metalingüística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações e críticas diversas. (dicionários)
6. Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora. (poesias, poemas, etc)
É importante notarmos que a linguagem sempre varia de acordo com a situação e as funções de linguagem nunca estão isoladas num texto. É claro que num texto uma função predomina, mas as funções mesclam-se e combinam-se o tempo todo.
Professor Elck
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O lingüista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; conseqüentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. (Exemplos: redações, teses, cartas comerciais, editoriais, etc)
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”.
Jornal O Popular, 16 out. 2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça! Venha! Visite! etc) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Função metalingüística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código.
(Exemplos: Casseta e o Planeta, Vídeo Show, peça falando sobre teatro, novela falando sobre televisão , etc.)
Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
Por Sabrina Vilarinho
Especialista em Língua Portuguesa
Equipe do Brasil Escola
sábado, 3 de setembro de 2011
SURGIMENTO DA LINGUÍSTICA
A vida humana em sociedade não teria sido possível sem sistemas de signos que permitissem a comunicação. A ciência da lingüística começou a se desenvolver quando os homens começaram a fazer perguntas sobre a linguagem que embasava sua civilização.
Lingüística é a ciência que estuda a linguagem. O termo foi empregado pela primeira vez em meados do século XIX, para distinguir as novas diretrizes para o estudo da linguagem, em contraposição ao enfoque filológico mais tradicional. A filologia ocupa-se, principalmente, da evolução histórica das línguas, tal como se manifestam nos textos escritos e no contexto literário e cultural associado. A lingüística tende a dar prioridade à língua falada e à maneira como ela se manifesta em determinada época.
Apresenta ainda uma tendência maior à universalização e aspira à construção de uma teoria geral da estrutura da linguagem que abarque todos os seus aspectos. O desenvolvimento, ao longo dos séculos, de várias hipóteses sobre a formação, evolução e funcionamento da linguagem criou a base para as pesquisas lingüísticas atuais.
Origem da lingüística. Antes do século XIX, quando a lingüística ainda não havia adquirido caráter científico, os estudos nessa área eram dominados por considerações empíricas sobre a própria condição da linguagem, que proliferaram em vários glossários e gramáticas cujo objetivo era explicar e conservar as formas lingüísticas conhecidas. No século V antes da era cristã, surgiu na Índia a primeira gramática destinada a preservar as antigas escrituras sagradas.
Na Grécia antiga, as questões propostas em torno da naturalidade e arbitrariedade da linguagem -- ou seja, o que existe nela "por natureza" ou "por convenção" -- deram origem a duas escolas opostas: os analogistas sustentavam a regularidade básica da linguagem, devida à convenção, e os anomalistas consideravam que a linguagem era irregular, por refletir a própria irregularidade da natureza. As pesquisas sobre essas questões, que os gramáticos romanos se encarregariam, mais tarde, de continuar e transmitir, impulsionaram o progresso da gramática no Ocidente.
A concepção da linguagem como um espelho em que se refletia a verdadeira imagem da realidade levou as gramáticas especulativas medievais a destacarem o aspecto semântico -- relativo ao significado -- da língua. A partir do século XV, a tradição gramatical greco-romana, que até então imperara, perdeu importância à medida que avançava o estudo das línguas vernáculas e exóticas.
A gramática geral de Port-Royal, redigida por estudiosos franceses no século XVII, preparou a abordagem histórica da língua que caracterizou os estudos lingüísticos do século XVIII e abriu caminho ao comparativismo do século seguinte. Gramática comparada e lingüística histórica. A descoberta, no final do século XVIII, das afinidades "genealógicas" entre o sânscrito, o grego e o latim, atribuída comumente ao orientalista inglês Sir William Jones, deu lugar a um exaustivo estudo comparado dessas e de outras línguas. http://www.brasilescola.com/portugues/linguistica.htm
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
SALVOS POR UM COPO DE LEITE
Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias
de porta em porta para pagar seus estudos,
estava com muita fome e só lhe restava uma pequena moeda no bolso.
Decidiu, então, que ao invés de tentar vender,
iria pedir comida na próxima casa;
porém seus nervos o traíram quando
uma encantadora jovem lhe abriu a porta.
Em vez de comida, pediu um copo de água.
A mulher percebeu que ele estava com fome
e lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:
- Quanto lhe devo?
- Não me deve nada - respondeu ela.
E continuou:
- Minha mãe sempre nos ensinou a ajudar as pessoas.
- Pois te agradeço todo coração, a você e à sua mãe.
O rapaz saiu daquela casa não só refeito fisicamente,mas também com sua fé renovada em Deus e nos homens.
Ele já havia resolvido abandonar os estudos
devido às dificuldades financeiras que estava passando,mas aquele gesto de bondade o fortaleceu.
Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos.
Finalmente a enviaram à cidade grande, para se tratar.
O médico de plantão naquele dia era o Dr. Howard Kelly, um dos maiores especialistas do país naquela área.
Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera,uma estranha luz encheu seus olhos e de pronto foi ver a paciente.
Reconheceu-a imediatamente e determinou-se
a fazer o melhor para salvar sua vida, passando
a dedicar-lhe atenção especial.
Contudo, nada lhe disse sobre o primeiroencontro que tiveram no passado.
Depois de uma terrível batalha, eles finalmente venceram aquela enfermidade.
Ao receber alta, ela teve medo de ver a conta do hospital, porque imaginava que levaria o resto da sua vida para pagar por aquele tratamento tão caro e demorado.
Quando, finalmente, abriu a fatura, seu coração se encheu de alegria com estas palavras:
"Totalmente pago - há muitos anos - com um copo de leite
- ass.: Dr.Howard Kelly."
Só então ela se lembrou de onde conhecia aquele médico.
"Na vida nada acontece por acaso.
O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã."
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
COMO FAZER UM PLANO DE AULA?
A tarefa de professor não é nada fácil, pois exige dos mesmos muita dedicação, planejamento e estudo, pois tudo aquilo que é trabalhado em sala de aula merece ser revisto e bem preparado.
Para montar um plano de aula, o professor deve ir de encontro ao interesse de seus alunos, além dos conteúdos abordados nas séries, exigidos dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs.
Ir para a sala de aula sem preparar um bom material, afeta a qualidade da aula, pois o improviso prejudica no que diz respeito aos materiais necessários para a aula, como fazer experiências concretas, trabalhos de pesquisas, um conhecimento prévio do assunto, dentre vários outros.
O importante é que o professor prepare suas aulas buscando os melhores objetivos para as mesmas, aqueles que irão tornar o conhecimento alcançável aos alunos, além de promover as principais noções de cidadania para os mesmos.
Um plano de aula deve conter as seguintes etapas:
1 – O tema abordado: o assunto, o conteúdo a ser trabalhado;
2 – A justificativa: o motivo de se trabalhar determinado assunto;
3 – O objetivo geral a ser alcançado: o que os alunos irão conseguir atingir com esse trabalho; com o estudo desse tema;
4 – Os objetivos específicos: relacionados a cada uma das etapas de desenvolvimento do trabalho;
5 – As etapas previstas: mais precisamente uma previsão de tempo, onde o professor organiza tudo que for trabalhado em pequenas etapas;
6 – A metodologia que o professor usará: a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula;
7 – A avaliação: a forma como o professor irá avaliar, se em prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.
8 – A bibliografia: todo o material que o professor utilizou para fazer o seu planejamento. É importante tê-los em mãos, pois caso os alunos precisem ou apresentem interesse, terá como passar as informações.
Cada um desses aspectos irá depender das intenções do professor, sendo que este poderá fazer combinados prévios com os alunos, sobre cada um deles.
O importante é dar a oportunidade de o grupo crescer tanto nos conteúdos escolares, aprimorando e enriquecendo seus conceitos, como no seu envolvimento social, a partir da sua participação no mundo como cidadão de bem, responsável e comprometido com um mundo melhor.
Através dessa preocupação e organização, com um trabalho bem elaborado, com certeza a aula se tornará mais agradável e rica, proporcionando maior envolvimento de todos, além dos ótimos resultados para a aprendizagem.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
terça-feira, 16 de agosto de 2011
UM DIA DE CADA VEZ
JOÃO BOSCO LEAL
Não podendo se locomover após um acidente, um homem passava seus dias em um leito já por um longo período, quando um amigo lhe perguntou: “Quanto tempo você ficará assim, sem poder sair da cama?”, e lhe respondeu: “Somente um dia de cada vez.”
Tendo passado por uma experiência semelhante pude observar como, durante a vida, nos queixamos de pequenas coisas, problemas só existentes em nossa mente e reclamamos da demora nas soluções de coisas que normalmente só nós podemos resolver.
Nunca temos tempo para nada, estamos sempre ocupados, com pressa, perdendo a hora para algo quando, de repente, em segundos, algo nos ocorre e passamos a ter todo o tempo do mundo.
Muitas vezes somos pessimistas, frustrados ou derrotados por antecipação, por não esperarmos mais. Somos muito imediatistas e apesar de tudo parecer demorado, distante, na realidade é muito rápido e perto.
As pessoas se deixam atingir por pequenas dificuldades que são passageiras e certamente serão substituídas por novas conquistas e momentos de alegria, como a vitória que é sempre mais gratificante após uma derrota.
Não há como se atingir um objetivo sem buscar por ele. A busca pode ser mais fácil ou difícil e a distância pode ser curta ou longa, mas se lutarmos sempre será possível atingir nossos sonhos.
O tempo, as distâncias e as dificuldades só dependem do foco, do espaço e do local de onde são analisadas. Nada é demorado em termos de história da humanidade, nada é longe se estivermos perto e nada é tão difícil que seja impossível.
Há muito pouco tempo pessoas morriam de tifo, malária e muitas outras doenças que hoje são facilmente curáveis. O transporte de pessoas era feito a cavalo ou em carros de boi e em poucos séculos já é possível realizar viagens espaciais em menor tempo do que se levava para ir de uma cidade à outra.
Alguns sonhadores criavam histórias fantásticas nas revistas em quadrinhos, mais conhecidas como gibis, de viagens espaciais e homens que voavam com um simples propulsor pendurado em suas costas. Isso só era possível em suas mentes, mas influenciaram outros que buscaram realizar aquilo e tudo se tornou possível.
Coisas banais utilizadas atualmente, como televisão, fraldas descartáveis e embalagens conhecidas como ‘longa vida’ não eram sequer sonhadas cinquenta anos atrás. Produtos como os toca-fitas e vídeos cassetes surgiram e deixaram de ser utilizados em menos de vinte anos.
As descobertas para a cura de doenças ocorrem com cada vez maior velocidade e já se tornou comum a realização de transplantes de embriões e a clonagem de animais, ainda não realizada em humanos simplesmente por impedimentos legais, mas declarada possível por diversos cientistas.
Com células do corpo humano já é possível criar órgãos sem os problemas anteriormente existentes.
Esse progresso no conhecimento pode ser notado com maior intensidade após a descoberta e uso da informática, quando a evolução passou a acontecer com cada vez maior rapidez. Atualmente essa própria tecnologia se torna obsoleta a cada ano, em decorrência das novas descobertas que ela mesma propicia.
Assim, cada vez mais rapidamente uma nova descoberta abrirá novos caminhos, que levarão a outras e assim sucessivamente poderemos fazer novos planos, alcançar os objetivos ainda não atingidos e traçar outros, mesmo que ainda sequer inimagináveis.
A cada dia novas possibilidades aparecem e o que ontem parecia impossível e hoje está difícil, amanhã será possível.
Um dia de cada vez
João Bosco Leal
http://www.joaoboscoleal.com.br/2011/07/08/um-dia-de-cada-vez/
MEDITE EM LUCAS 1.37 QUE DIZ: PORQUE PARA DEUS NÃO HÁ IMPOSSÍVEL! QUANDO CREMOS E ESPERAMOS O TEMPO DE DEUS E AGIMOS COM ELE SOMOS MAIS QUE VENCEDORES EM CRSITO!
BOM SEMESTRE A TODOS E QUE O SENHOR NOS ABENÇOE !
PROFESSORA NEUSA AMORIM
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A cigarra e a formiga na vida real
João Bosco Leal
Todos sabem da fábula da formiga e da cigarra, quando uma trabalhava, armazenava alimentos para os dias mais difíceis enquanto a outra nada fazia, só cantava, voava, via o mundo de cima, e ainda criticava o excesso de trabalho da formiga, chamando-a de burra, mas a vida passa para todos e, como dizem, o mundo dá voltas.
Durante a infância e juventude de meus filhos estes sempre foram privados de qualquer tipo de excesso e, em muitas vezes, até em excesso. Sempre entendi que, se tivessem pouco, uma vida dentro dos padrões normais, sempre estariam bem. Se no futuro por motivos diversos pudessem possuir mais, gastar mais, ótimo, certamente sentiriam prazeres com isso.
Se não pudessem, não sentiriam falta de nenhum supérfluo, pois já estariam acostumados com o ‘feijão com arroz’ do dia-dia e o caviar não seria sequer sonhado, seria insignificante em suas prioridades.
Muitas pessoas não pensam dessa maneira e dão a seus filhos tudo o que podem, e que normalmente é mais do que podem, acostumando-os a um padrão der vida que dificilmente conseguirão manter no futuro.
Os exemplos estão aí aos milhares, assim como os resultados. Poucos são os que como Antonio Ermírio de Moraes que, durante uma entrevista que assisti, ao ser questionado sobre esse tipo de relacionamento com seus filhos já que era considerado o homem mais rico do país.
Perguntado se não se importava de levar uma vida tão simples diante de seu patrimônio, sem motoristas particulares, usando ternos adquiridos em magazines e se não era cobrado por estar educando os filhos da mesma forma. A resposta foi tão simples quanto seu estilo de vida: “Digo a meus filhos que podem se divertir à vontade, desde que saiam de casa para trabalhar no mesmo horário que eu”.
Como a matemática, certas coisas não são e nunca serão alteradas, como a relação ganho e despesa. Toda boa dona de casa sabe o que pode e o que não pode adquirir no supermercado para que os mantimentos sejam suficientes para o consumo da família até o próximo pagamento.
Pessoas estão consumindo cada vez mais e permitindo que seus filhos possuam tudo o que solicitam e estas passam a ser crianças sem limites, que gritam, choram e até agridem seus pais sempre que contrariadas.
As crianças criadas dessa forma certamente levarão sua vida adulta da mesma maneira e provavelmente, salvo algumas exceções de gênios, não conseguirão fechar a conta do final do mês, passarão por ‘necessidades’, mesmo que psicológicas, e a culpa, sem dúvida, é dos pais que as criaram dessa forma.
Quando se realiza uma atividade comercial ou industrial, podem ocorrer diversas possibilidades que proporcionem danos financeiros e até a destruição econômica daquela atividade, e isso pode ocorrer a todos, que normalmente recomeçam, possuem novas chances e agora já não cometerão o mesmo erro.
Não é que ocorre com aquele que leva a vida em nível superior ao que pode. Para estes o resultado certamente será triste, assim como sempre foi em toda a história da humanidade. O mundo costuma ser cruel com aqueles que perderam o que já tiveram, até por passarem a ser rotulados como incompetentes.
Como na fábula da cigarra e da formiga, as pessoas se esquecem de seu passado, de com o gastaram mais do que podiam e agora, quando já não podem suprir sequer o necessário, passam a criticar os que possuem, sem se importar com o que estes passaram para se manter ou aumentar o que possuem.
sábado, 16 de julho de 2011
A MOÇA TECELÃ!
Por Marina Colasanti*
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se sentava ao tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a
chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.
Estava justamente acabando de entremear o último fio do ponto dos sapatos, quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos portas e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar.
Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pé desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Uma belíssima aula de português.
Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
Será que está certo ?
Acho interessante para acabar com a polêmica de "Presidente ou Presidenta"
A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação..
COMO FAZER UM PLANO DE AULA?
A tarefa de professor não é nada fácil, pois exige dos mesmos muita dedicação, planejamento e estudo, pois tudo aquilo que é trabalhado em sala de aula merece ser revisto e bem preparado.
Para montar um plano de aula, o professor deve ir de encontro ao interesse de seus alunos, além dos conteúdos abordados nas séries, exigidos dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs.
Ir para a sala de aula sem preparar um bom material, afeta a qualidade da aula, pois o improviso prejudica no que diz respeito aos materiais necessários para a aula, como fazer experiências concretas, trabalhos de pesquisas, um conhecimento prévio do assunto, dentre vários outros.
O importante é que o professor prepare suas aulas buscando os melhores objetivos para as mesmas, aqueles que irão tornar o conhecimento alcançável aos alunos, além de promover as principais noções de cidadania para os mesmos.
Um plano de aula deve conter as seguintes etapas:
1 – O tema abordado: o assunto, o conteúdo a ser trabalhado;
2 – A justificativa: o motivo de se trabalhar determinado assunto;
3 – O objetivo geral a ser alcançado: o que os alunos irão conseguir atingir com esse trabalho; com o estudo desse tema;
4 – Os objetivos específicos: relacionados a cada uma das etapas de desenvolvimento do trabalho;
5 – As etapas previstas: mais precisamente uma previsão de tempo, onde o professor organiza tudo que for trabalhado em pequenas etapas;
6 – A metodologia que o professor usará: a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula;
7 – A avaliação: a forma como o professor irá avaliar, se em prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.
8 – A bibliografia: todo o material que o professor utilizou para fazer o seu planejamento. É importante tê-los em mãos, pois caso os alunos precisem ou apresentem interesse, terá como passar as informações.
Cada um desses aspectos irá depender das intenções do professor, sendo que este poderá fazer combinados prévios com os alunos, sobre cada um deles.
O importante é dar a oportunidade de o grupo crescer tanto nos conteúdos escolares, aprimorando e enriquecendo seus conceitos, como no seu envolvimento social, a partir da sua participação no mundo como cidadão de bem, responsável e comprometido com um mundo melhor.
Através dessa preocupação e organização, com um trabalho bem elaborado, com certeza a aula se tornará mais agradável e rica, proporcionando maior envolvimento de todos, além dos ótimos resultados para a aprendizagem.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
domingo, 3 de julho de 2011
Dinâmica: A árvore da vida e árvore da morte
OBJETIVO: Refletir sobre os sinais de vida e morte no bairro, na comunidade, na família, no grupo jovem
MÚSICA: da preferência do grupo.
MENSAGEM: Procure sempre passar vida para todos e ajudar a quem precisa e não viva reclamando e passando palavras de morte para os outros...
DESCRIÇÃO:
1. O coordenador deve providenciar um galho de árvore seco, um galho de árvore verde, caneta ou pincel e pedaços de papel.
2. Em pequenos grupos descobrir os sinais de vida e morte que existem no bairro, na família, no grupo de jovens, etc. Feito isso cada um vai colocando na Arvore seca os sinas de morte e na arvore verde os sinais de vida.
3. Depois, diante da árvore seca e verde vão explicando para o grupo o que escreveram e penduraram na árvore.
4. No intervalo das colocações pode-se cantar algum refrão. Iluminar com a palavra de Deus e em grupo refletir:
Iluminados pela prática de Jesus, o que fazer para gerar mais sinais de vida e enfrentar as situações de morte de nosso bairro e....
5. Fazer a leitura de João 15,1-8. Depois cada participante toma um sinal de morte da árvore e faz uma prece de perdão e queima, em seguida cada um pega um sinal de vida e leva como lembrança e desafio.
PALAVRA: Jo 15, 1-8 e Sl 1.
AVALIAÇÃO:
1. Como cada um se sentiu?
2. O que podemos fazer para cortar a árvore da morte?
3. O que podemos fazer para deixar viver a árvore da vida?
4. Quem aprendemos com esta dinâmica?
quarta-feira, 29 de junho de 2011
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O lingüista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
1. Função Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é passar uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou persuasivas. (livros, jornais, revistas etc.)
2. Função expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos. (textos subjetivos)
3. Função conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo. (propagandas de uma forma geral)
4. Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção. ( conversa no telefone)
5. Função metalingüística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações e críticas diversas. (dicionários)
6. Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora. (poesias, poemas, etc)
É importante notarmos que a linguagem sempre varia de acordo com a situação e as funções de linguagem nunca estão isoladas num texto. É claro que num texto uma função predomina, mas as funções mesclam-se e combinam-se o tempo todo.
Professor Elck
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O lingüista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; conseqüentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. (Exemplos: redações, teses, cartas comerciais, editoriais, etc)
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”.
Jornal O Popular, 16 out. 2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça! Venha! Visite! etc) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Função metalingüística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código.
(Exemplos: Casseta e o Planeta, Vídeo Show, peça falando sobre teatro, novela falando sobre televisão , etc.)
Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
Por Sabrina Vilarinho
Equipe do Brasil Escola
quinta-feira, 23 de junho de 2011
TIPOS TEXTUAIS E GÊNEROS TEXTUAIS
Em linguística, tipos textuais refere-se à estrutura composicional dos textos. Hoje, admite-se cinco tipos textuais, a saber: narração,argumentação ou dissertação, explicação, descrição e injunção.
A narração está presente quando o texto fornece informações sobre o tempo e espaço do fato narrado, sempre há começo meio e fim. Além disso, é comum aparecerem nomes de personagens e um "clímax" em determinado momento. Há, portanto, o desenvolvimento da história, um momento de tensão, e a volta à estabilidade. Um exemplo clássico de narrativa são os contos de fada.
A argumentação ou dissertação está presente quando um determinado ponto de vista é defendido em um texto, e para sustentar a ideia do autor é apresentado argumentos próprios e teses conceituais.
Nos textos descritivos, o autor descreve um momento especifico , a descrição e superficial, ou seja, o emissor supõe que o receptor tenha conhecimento do assunto.
No texto explicativo, o emissor supõe que o receptor não tem conhecimento do assunto, ocorre uma descrição detalhada, um exemplo de explicativo são os livros didáticos.
Os textos injuntivos, por sua vez, são aqueles que indicam procedimentos a serem realizados. Nesses textos, as frases, geralmente, são no modo imperativo. Bons exemplos desse tipo de texto são as receitas e os manuais de instrução.
É muito importante não confundir tipo textual com gênero textual. Os tipos, como foi dito, aparecem em número limitado. Já os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento histórico. O gêneros textuais, portanto, são diretamente ligados às práticas sociais. Alguns exemplos de gêneros textuais são carta, bilhete, aula, conferência, e-mail, artigos, entrevistas, discurso etc.
Assim, um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
1. Tipo Textual A expressão tipo textual é usada para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Douglas Biber (1988), Jean Paul Bronckart (1999)
2. Tipos Textuais
o Narração
o Dissertação Argumentativa/ Expositiva
o Descrição
o Injunção
3. Gênero Textual A expressão gênero textual é usada como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam característica sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição características. Douglas Biber (1988), Jean Paul Bronckart (1999)
4. Exemplos de Gêneros Textuais
o - Telefonema - Sermão
o Carta ( Comercial, Pessoal, Eletrônica ) - Bilhete
o Bula de Remédio - Cardápio
o Outdoors - Bate-Papo
o Edital de Concurso - Piada
o Lista de Compras - Notícias
o
5. Gêneros privilegiados para a prática de escuta e leitura de textos Linguagem Oral Linguagem Escrita Literários
o cordel, causos e similares
o texto dramático
o canção
Literários
o conto, novela, romance, crônica, poema, texto dramático
De Imprensa
o comentário radiofônico
o entrevista
o debate
o depoimento
De Imprensa
o notícia, editorial, artigo, reportagem, carta do leitor, entrevista, charge e tira
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Crepúsculo com eclipse Hoje dia 15/06/2011
Na noite de 15 de junho, observadores de várias partes do mundo terão a oportunidade de observar um eclipse total da Lua
por Paulo S. Bretones
Wikimedia Commons
. O eclipse será visível em toda a América do Sul, África, Europa, Oceania, Antártida e Ásia exceto a parte norte.
Denomina-se eclipse ao obscurecimento parcial ou total de um corpo celeste em virtude da interposição de um outro. A palavra eclipse vem do grego ekleipsis, que significa abandono, desmaio, desaparecimento. É uma das raras chances de observar-se um espetáculo tão belo da natureza. Embora os eclipses solares ocorram em maior número, vemos com mais freqüência os lunares, pelo fato de os últimos serem observados em áreas consideravelmente superiores à metade da Terra.
Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra, o que só pode acontecer na fase de Lua cheia pelo seguinte: A Terra gira ao redor do Sol num plano. Por exemplo, supondo que o Sol esteja no centro da face superior de uma mesa, a Terra se move em torno do Sol no nível desta superfície. Ao mesmo tempo a Lua gira em torno da Terra, mas o plano de órbita lunar é inclinado um pouco mais de 5º em relação à face da mesa. Embora a Terra projete sempre a sua sombra não a percebemos porque geralmente a Lua passa acima ou abaixo da sombra. Assim, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra, ou seja, passa por um nodo, e além disso o Sol, a Lua e a Terra ficam alinhados, ocorre um eclipse lunar. A sombra da Terra projetada no espaço se estende em forma cônica por cerca de 1,38 milhão de quilômetros. À distância de aproximadamente 360 mil quilômetros, onde está a Lua, o diâmetro da sombra tem cerca de 9 mil quilômetros. Além de uma parte escura, chamada umbra ou apenas sombra, a sombra da Terra tem uma parte cinzenta denominada penumbra. Mas é a sombra que dá o efeito de beleza ao fenômeno, pois a penumbra na maioria das vezes é imperceptível.
Na tarde de 15 de junho, quando a Lua estiver ainda abaixo do horizonte, e, portanto ainda não terá nascido no horizonte leste, às 15h22min, a Lua cheia começará a "mergulhar" na sombra da Terra. Às 16h22min a Lua estará toda coberta pela sombra de nosso planeta.
No Brasil, para observadores em São Paulo, para considerarmos uma média, a Lua irá nascer eclipsada às 17h25min e o pôr do Sol ocorrerá às 17h27min. Devido ao horário deste evento, a Lua eclipsada não terá tanto contraste com o fundo do céu por conta da claridade do crepúsculo. Em outras palavras, não veremos a Lua cheia nascer bem brilhante como de costume, porque ela estará dentro da sombra da Terra.
Mesmo assim será um fenômeno raro e um desafio tentarmos observar a Lua nascendo totalmente eclipsada e o Sol se pondo do outro lado do horizonte.
Mais tarde, às 18h02min quando a Lua começará a sair da sombra estará a cerca de 7 graus de altura sobre o horizonte até que às 19h02min sairá por completo e estará novamente toda iluminada pelo Sol, quando estará a cerca de 19 graus do horizonte.
Os eclipses lunares já foram mais importantes para a pesquisa astronômica. Eles forneceram a primeira prova de que a Terra é redonda, foram utilizados no estudo da alta atmosfera do nosso planeta, no estudo da rotação da Terra, no tamanho e distância do nosso satélite além de variações em seu movimento. Além disso, os eclipses podem contribuir com a História na determinação de datas que se deram em tempos remotos.
Neste ano temos ao todo 4 eclipses sendo 2 eclipses da Lua e 4 eclipses do Sol. Destes, apenas o eclipse lunar de 15 de junho será visível no Brasil.
As observações do eclipse total da Lua podem ser realizadas com binóculos, lunetas e telescópios de fraco aumento.
Para fotografar o eclipse com câmera digital, pode-se fixá-la num tripé, em modo de foco infinito, paisagem ou cenário (landscape). Como se pode verificar o resultado da imagem obtida, é fácil experimentar o tempo de exposição durante o eclipse. Na fase de totalidade, pode-se usar sensibilidade de ISO 100 ou 200 e exposições entre 1s a 5s. Também pode-se aumentar o ISO e diminuir o tempo de exposição.
Para exposições depois da totalidade, geralmente a câmera consegue se adaptar as condições de luz automaticamente, bastando apertar o botão de disparo para efetuar a foto nesta fase. Para as câmeras com opções manuais, pode-se usar exposições rápidas de 1/350 a 1/125 com ISO 100 para aberturas pequenas como 1:5,6 ou 1:8.
Em suma, pode-se utilizar mais de uma abertura e velocidade de disparo para garantir fotos de boa qualidade. Com a câmara fixa, apoiada em tripé, deve-se disparar manualmente em intervalos de três, cinco minutos ou mais.
É importante conhecer a trajetória aparente da Lua e fazer um ensaio na véspera para procurar o melhor local. Usando-se teleobjetivas, como o campo é limitado, é possível obter imagens maiores da Lua.
De qualquer forma, vale a pena reunir a turma, procurar um local alto e com o horizonte livre. Pode-se observar o pôr do Sol e tentar ver a Lua nascendo eclipsada, em contraste com a claridade do crepúsculo e ainda na sombra do nosso planeta. Com o passar do tempo, a Lua estará cada vez mais alta, irá saindo da sombra e voltará a estar cheia e totalmente iluminada pelo Sol.
Paulo S. Bretones Professor da Universidade Federal de São Carlos, é co-editor da Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia (RELEA) e autor de "Os Segredos do Sistema Solar" e os "Segredos do Universo", da Atual Editora.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
A História do Lápis
O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:
-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco
-E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:
-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
'Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
'Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
' 'Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
' 'Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.'
terça-feira, 7 de junho de 2011
MONÓLOGO DE UM ESTUDANTE
"Não, eu não vou bem na escola. Esse é o meu segundo ano na sétima série e eu sou muito maior que os outros alunos. Entretanto, eles gostam de mim. Não falo muito na aula, mas fora da sala sei ensinar um mundo de coisas. Eles estão sempre me rodeando e isso compensa tudo que acontece na sala de aula.
Eu não sei porque os professores não gostam de mim. Na verdade eles nunca acreditam que a gente sabe alguma coisa, a não ser que se possa dizer o nome do livro onde a gente aprendeu. Tenho em casa alguns livros: dicionários, Atlas, livro de português, matemática, ciências e outros que a professora manda comprar. Mas não costumo sentar e ler todos, como mandam a gente fazer na escola.
Uso meus livros quando quero descobrir alguma coisa. Por exemplo, viajo sempre com meu tio, que é caminhoneiro. Quando ele me convida para fazer entrega no final de semana, vamos logo procurar num mapa rodoviário o caminho para chegar a outra cidade.
Mas, na escola, a gente tem de aprender tudo que está no livro, e eu não consigo guardar. No ano passado, fiquei uma semana tentando aprender os nomes dos imperadores romanos. Claro que conhecia alguns como Nero, César e Calígula. Mas é preciso saber todos juntos e em ordem. E isso eu nunca sei. Também não ligo muito, pois os meninos que estudam os imperadores têm aprender tudo o que eles fizeram. Estou na sétima série pela segunda vez, mas a professora agora não é muita interessada nos imperadores. Ela quer é que a gente aprenda tudo sobre as guerras gregas.
Acho que nunca conseguirei decorar nomes em História.
Este ano, comecei a aprender um pouco sobre caminhões porque meu tio tem três, e disse que posso dirigir um quando fizer dezoito anos. Já sei bastante sobre cavalo-vapor e marchas de cinco marcas diferentes de caminhão, alguns a diesel. É gozado como os motores a diesel funcionam. Comecei a falar sobre eles com a professora de Ciências na quarta-feira passada, quando a bomba que a gente estava usando para obter vácuo esquentou. Mas a professora não via a relação entre um motor a diesel e a nossa experiência sobre a pressão do ar. ]
Fiquei quieto. Mas os colegas pareceram gostar. Levei quatro deles à garagem do meu tio e como ele entende disso...
Eu também não sou forte em Geografia. Neste ano, eles falam em Geografia física. Durante toda a semana estudamos agricultura de roça no mundo tropical, sistemas agrícolas tradicionais, mas não sei bulhufas. Talvez porque faltei á aula, porque meu tio me levou a Ribeirão Preto com uma carga de televisão. Trouxemos de lá um carregamento de açúcar. Meu tio tinha me dito as estradas e as distâncias em quilômetros. Ele só dirigia o caminhão e eu ia lendo as placas com os nomes das cidades onde passávamos. Até Campinas contei um montão de fábricas e daí para frente era só canavial. Mas para que tanta cana em São Paulo?
Paramos duas vezes e dirigimos mais de 600 quilômetros, ida e volta. Estou tentando calcular o óleo e o desgaste do caminhão para ver quanto ganhamos.
Eu costumo contar minhas viagens para meus colegas da escola e eles gostam muito porque há sempre novidades. Gostaria de fazer minhas redações sobre as viagens que faço com meu tio, mas outro dia o tema da redação na escola era: "O que uma rosa leva na primavera". Não deu... Também não dou para Matemática. Parece que não consigo me concentrar nos problemas. Um deles era assim: "Se um poste telefônico com doze metros de comprimento cai atravessado em uma estrada, de modo que um metro e meio sobre um lado e um metro de outro, qual a largura da estrada?" Acho uma bobagem calcular a largura da estrada. Nem tentei responder, pois o problema não dizia se o poste tinha caído reto ou torto. Não vou bem em Educação para o Trabalho. Todos nós fizemos um suporte para pendurar plantas e a única mesa existente está sempre ocupada. Quis fazer uma caixa de ferramentas para o meu tio, mas a
professora não deixou, pois eu teria de trabalhar só em madeira. Acabei fazendo a caixa de ferramentas em casa e meu tio disse que economizou muito com o presente.
Meu pai disse que eu posso sair da escola quando fizer quinze anos. Estou doidinho para isso porque há um mundo de coisas que eu quero aprender a fazer e já estou ficando velho."
Depoimento adaptado de um aluno (transcrito do parecer do CFE nº 2164/78)
ATIVIDADES:
Questão 1: Você sente a mesma coisa em relação aos seus alunos?
Questão 2: Acontece este tipo de insatisfação com seus alunos?
Questão 3: Na sua escola anterior em que trabalhou, muitos alunos deixaram de estudar antes mesmo de concluir o Ensino Fundamental?
Questão 4: E hoje na que você está, isto vem acontecendo? Com que freqüência? Por quê?
Questão 5: A que causa você atribuiria esta fuga da escola?
Questão 6: O que você modificaria na escola? E na sua?
QUESTIONAMENTOS:
I . Como são as aulas de Língua Portuguesa em sua escola?
II . Em sua opinião, o que faltam a estas aulas, a fim de que se tornem boas? Justifique:
III . Você teve alguma surpresa em suas aulas de Língua Portuguesa enquanto professor(a)?
IV. Enumere 5 itens para que as aluas de Língua Portuguesa se tornem prazerosas.
sábado, 4 de junho de 2011
Conjunções Coordenativas
A conjunção é a palavra que liga duas orações ou termos de mesma função na oração. Quando a conjunção exerce seu papel de ligar as orações, estabelece entre elas uma relação de coordenação ou subordinação.
As orações coordenadas são independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que ligadas pela conjunção. Veja o exemplo:
A lua surgiu e as estrelas inundaram o céu de luz.
As duas orações estão ligadas pela conjunção e e não têm relação de dependência entre si. Então, a primeira oração (A lua surgiu) tem sentido completo e independe da segunda (As estrelas inundaram o céu de luz) para tê-lo e assim também é a segunda em relação à primeira.
Duas ou mais orações que mantêm independência entre si chamam-se coordenadas, e conseqüentemente, a conjunção que liga tais orações é denominada conjunção coordenativa.
A conjunção coordenativa também ocorre quando duas palavras são ligadas na mesma oração. Veja o exemplo:
Ele venderá brinquedos ou revistas.
Observe que a conjunção ou está ligando duas palavras: brinquedos e revistas, as quais exercem o mesmo papel de objeto direto na oração.
Podemos classificar as conjunções coordenativas em:
• aditivas - exprimem idéia de adição, soma: e, não só, mas também, nem (= e não) etc.;
Exemplos: Fui à escola e joguei bola.
Não fui à escola nem joguei bola.
• adversativas – exprime idéia de contraste, oposição: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, etc.;
Exemplos: Fui à escola, porém não levei meu caderno.
Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.
• alternativas – exprimem idéia de alternância ou exclusão: ou, ou...ou, ora...ora, etc.;
Exemplos: Ou estudo para a prova, ou tiro nota baixa.
Ora como fastfood, ora me alimento bem.
• conclusivas – exprimem idéia de conclusão: pois, logo, portanto, por isso, etc.;
Exemplos: Pratiquei exercícios físicos, logo me senti muito melhor.
Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.
• explicativas – exprimem idéia de explicação: porque, que, etc..
Exemplos: Ele saiu da escola, pois não veio mais.
Não quero mais comer, porque estou satisfeito.
GRANDES FILMES
• 1984 - George Orwell
• A Lista de Shindler
• A Paixão de Joana Darc
• Amores Brutos
• Antes de Partir
• As Muralhas
• As Pontes de Madsom
• Asas do desejo
• CASA DE AREIA
• Cidadão Kane
• Cinema Paradiso
• Dança com Lobos
• Dom quixote
• E o Vento Levou
• Em nome de Deus
• Eu sou A Lenda
• Falcão Maltês
• Ghost
• Golpe de Mestre
• Grande Hotel
• Horizonte Perdido
• Lagrimas na Chuva
• Lanternas Vermelhas
• Minha Vida
• O Caçador de Pipas
• O Cheiro da Papaya Verde
• O Fantasma da Opera
• O Misterio da libelula
• O Negro e o Escarlate
• O Peregrino
• O Pianista
• O Preço de Uma Escolha
• O Veredito
• Perfume de Mulher
• PIAF - Um Hino ao Amor
• Protegida por Um Anjo
• Revelações
• Silencio dos Incentes
• Soláris
• Tomates Verdes Fritos
• Um Amor para recordar
• Uma lição de Vida.
• Verdades e Mentiras
ME FASCINA...
• A Alma do Poeta
• A criação..a .natureza
• A Sabedoria Biblica
• A sabedoria do Idoso
• Arco - iris
• Cerimonia de Casamento
• Céu estrelado
• Mar
• Meu Neto Victor Hugo me chamando de vovó queusa
• Minha familia!!
• Musica Classica
• Mãe amamentando
• O Louvor a Deus
• O Perdão
• O Sorriso de uma criança
• Perfumes
• Ser apaixonada!!
• Tocar Piano
• Viajar
• A virada
• Desafiando gigantes
• Vem dançar
• Escola da vida
segunda-feira, 30 de maio de 2011
DÚVIDAS DA GRAMÁTICA
USO DA PALAVRA ONDE / AONDE
Onde quer dizer em que lugar. Indica estado, permanência em um lugar.
Aonde quer dizer para que lugar. Indica movimento para um lugar.
Onde- lugar (permanência).
Aonde - verbo de movimento
Exemplos:
• Aliviado, o homem concordou em voltar para a casa onde sempre morou.
• Disse que ainda não sabe aonde que ir.
O professor Pasquale fala de um assunto que é muito comum em abordagens oficiais da língua, o uso da palavra onde.
É chamada a atenção para dois pontos:
1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar não
esteja presente.
2º- Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e que indica
movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na expressão existir a idéia de destino.
Ex: Ir a algum lugar.
Chegar a algum lugar.
Levar alguém a algum lugar.
Dirigir-se a algum lugar.
Não se pode usar aonde com o verbo morar.
Ex: Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você mora?”
Há muita confusão entre aonde e onde. Um exemplo é uma letra de Belchior, “Divina Comédia Humana”, na qual ele
diz:
“.... viver a Divina Comédia Humana onde nada é eterno....”
Em “... viver a Divina Comédia Humana ...” não existe a idéia de lugar. É, apenas, uma situação que seria vivida. Nela,
na Divina Comédia Humana, nada é eterno.
Portanto, o correto seria não usar a palavra onde substituindo-a por “em que” ou “na qual”. O autor preferiu usar essa forma do dia-a-dia, mas não admissível pela norma culta. Resumo: Não se pode usar a
palavra onde para ligar idéias que não guardem entre si a relação de lugar.
USO DOS PORQUES
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo) Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
PALAVRA DE DEUS PARA VOCÊ NESTE DIA
Quarta-feira, 18 de Maio, 2011
VERSÍCULO:
Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem
perversidades; para privarem da justiça os necessitados, e
arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo; para despojarem as
viúvas e roubarem os órfãos!
-- Isaías 10:1-2
PENSAMENTO:
Poder completo corrompe completamente… porque nos permite ter o
que não deveríamos ter... porque nos permite esquecer de onde
viemos… porque permite ignorar os clamores dos oprimidos. Pleno
poder corrompe, porque somente Deus consegue lidar com pleno poder!
Nosso desejo de tê-lo é como o pecado de Adão e Eva – é a cobiça de
ser como Deus. Mas verdadeiro poder, poder aceitável ao Único Poder
Completo, é usado para abençoar os quebrantados, levantar os
infortunados, perdoar os culpados e assistir aos impotentes.
ORAÇÃO:
Todo Poderoso e incomparável Deus, não quero gastar meu tempo me
posicionando para ter poder sobre outros. Por favor, dê-me a graça,
a habilidade e a oportunidade de abençoar outros – não para eu me
sentir superior ou importante, mas para que sejam abençoados e o
Senhor seja louvado. Em nome de Jesus eu oro. Amém.
http://www.iluminalma.com/dph/4/0518.html
domingo, 15 de maio de 2011
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Para Cagliari, 1999, são as peculiaridades que a língua vai adquirindo com o tempo em função do seu uso por comunidades específicas. “Todas as variedades, do ponto de vista estrutural lingüístico, são perfeitas e completas entre si. O que as diferencia são os valores sociais que seus membros têm na sociedade.”
A sociolingüística está dividida em dois ramos, o norte americano e o europeu. Para o primeiro, variações lingüísticas são as diferenças dentro de uma mesma língua quanto ao uso, vocabulário, semântica. E, o ramo europeu considera como variação lingüística o dialeto. O que, para alguns lingüistas, é considerado outra língua.
Fichamento do texto: A Escola entre a Ciência e o Senso Comum, Marcos Bagno, 2007. “...onde tem variação (lingüística) sempre tem avaliação (social).”
O autor coloca que nossa sociedade é extremamente hierarquizada e que os bens e valores culturais circulantes, incluindo a língua, também o são. Dessa maneira, a sua forma de falar diz à que camada social você pertence. O que torna a língua um poderoso instrumento de controle social, de promoção ou de humilhação, de inclusão ou de exclusão.
Mesmo sabendo que as formas nós vai e nós vamos são duas formas de dizer a mesma coisa, elas comunicam a origem social de quem fala, sua inserção maior ou menor na cultura letrada, sempre mais valorizada que a oral.
Ao professor cabe promover a reeducação sociolingüística, que é valer-se do espaço e do tempo escolares para formar cidadãos conscientes da complexidade da dinâmica social, das múltiplas escalas de valores que empregamos a todo momento em nossas relações com as outras pessoas por meio da linguagem.
Esse trabalho implica em levar o aluno a:
Entender que é possuidor de plena capacidade de expressão.
Tomar consciência da escala de valores existente na sociedade, mas sem levar a aceitação dessa discriminação nem à submissão a ela.
Ampliar o seu repertório comunicativo.
Conscientizar-se de que a língua é elemento de promoção social e também de repressão.
Inserir-se nas práticas de letramento.
Reconhecer a diversidade lingüística como uma riqueza da nossa cultura.
Bagno faz uma crítica ao uso inadequado das tiras do Chico Bento, dos sambas de Adoniran Barbosa e dos poemas de Patativa do Assaré para tratamento da variação lingüística. O uso apenas desses exemplos mostra que a variação lingüística é tratada como sinônimo de variedade regional, de pessoas não escolarizadas. Além disso, as falas desses personagens não são representações fiéis das variedades lingüísticas que veiculam, mas deve ficar claro que esse não é o problema já que são manifestações artísticas e não têm o compromisso científico.
O interessante seria levar os alunos a refletirem sobre a não fidelidade da transcrição que aparece nas tirinhas e que muitos traços ali presentes apareçam no meio urbano também.
O português brasileiro são três: uma norma padrão que ninguém fala, aquela da gramática. Um conjunto de variedades estigmatizadas e um conjunto de variedades prestigiadas.
Existem dois conjuntos de traços lingüísticos:
Traços graduais – presentes em todos os falantes (rôpa, pôco, ôro)
Traços descontínuos – presentes nos falantes das variedades estigmatizadas (teia, abêia, trabaia)
MUDANÇAS DA LÍNGUA
• Nível: fonético/fonológico (a palavra ‘senhora’ era pronunciada em séculos passados com o ‘o’ fechado ‘senhôra’);
• morfológico (o diminutivo de ‘rapaz’ mais comumente usado tempos atrás era ‘rapazola’. Hoje, prefere-se o uso do sufixo -inho, na forma ‘rapazinho’.);
• lexical (a palavra ‘algibeira’ era usada para designar o que atualmente chamamos de ‘bolso’);
CONTINUANDO:
sintático (o uso da mesóclise, isto é, o pronome oblíquo no meio do verbo, era também frequente em séculos passados ‘Emprestar-me-ia o livro, por favor?’. Atualmente, no Brasil, é mais comum o uso do pronome antes do verbo, em próclise: ‘Me empresta o livro, por favor?’);
semântico (a palavra ‘beleza’ costumava ser usada significando condição de algo que é belo. Hoje, os jovens dizem ‘beleza’ em reposta, por exemplo, a um pedido de desculpas, significando ‘tudo bem’, ‘não foi nada’).
OBJETOS DE ESTUDO:
A língua falada, produzida em seus contextos sociais, em situações reais de uso.( Exceto as telenovelas, peças teatrais entre outros porque são discursos superficiais e preparados antecipadamente)
Os estudos diacrônicos se interessam pelas mudanças linguísticas ocorridas ao longo do tempo; já os estudos sincrônicos se interessam pelas variações da língua que ocorrem no momento atual, isto é, em que o estudo é realizado.
Textos pegos na internet, junção de alguns, desculpem os autores; esqueci de anotar... Se alguém se sentir chateado por isso, mande - me a resposta que coloco os autores...
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